ETC., ETC. Depois de Studio 54 anos vivendo no Itaim-Fonfon e arredores, posso afirmar o seguinte, dois pontos: na vida somos todos maus atores, interpretando papeis ruins, enunciando falas horrorosas num filme sempre péssimo. (Ângela Carne e Osso confessa: “Eu batia na minha mãe”.) Minha atriz pornô preferida da semana é a Clover Baltimore e não preciso explicar por quê. Vejo alguns vídeos daquela bonitona que diz bom dia, porra. Tem alguns engraçados. Mas não dá pra ficar vendo muito, porque logo enche.
XIDEBA Na reportagem que o Goulart de Andrade fez no Juqueri, em 1987, uma das pacientes, Mitiko, a Japonesa do Juqueri, dizia que gostava muito de xideba, filme poibido, etc. (v. “Um filme de cinema de Rogério Sganzerla.”) Outra paciente, a Dona Léa do Juqueri, natural de Teresina, PI, dizia que todo mundo era de Teresina, PI (v. “O valor do PI do Piauí é 3,14159 trilhões de dólares furados”), exceto o Paulo Maluf, aí a dona Léa dizia que não gostava do Malufo porque ele não tinha deixado nenhum tostão pros brasileiros, etc., etc.
A ORDEM DOS PRODUTOS, ETC., ETC. O certo não seria César Cerqueira em vez de Cerqueira César? (A quem não sabe, Cerqueira César é um suposto bairro em São Paulo, suposto porque eu não sei exatamente onde começa e onde termina.)
UMA NOITE NO URSO BRANCO Eu, Eduardo Haak, morto eppur si muove desde 2007, vou ao Urso Branco, na Avenida São Gabriel. O lugar foi demolido em 1996, mas isso não é impeditivo algum, antes o coloca naquela categoria de coisas cuja presença é fortemente potencializada pela ausência. Começo a conversar com uma mulher que está com um grupo de mulheres, todas voando baixo, dou corda para que ela fale bastante, noto que ela ainda tem restaurações de amálgama nos dentes, não substituídas por restaurações de resina, digo pra ela, deixa eu ver se eu acerto, você morreu em 1990, de leucemia mieloide aguda, acertei?, ela diz, nossa, gato!, como você adivinhou?, etc., etc., mulher normalmente tem pudores com esse assunto, como morreu, mas estamos no Urso Branco, um lugar onde pudor não é moeda corrente.
EI GREGÓRIO DUVIVIER: VÁ TOMAR NO CU Se você gosta dos filmes de cinema do Rogério Sganzerla (v. “O criminal maconheiro”) isso não significa que você é maconheiro e vota no PT. Mas se você gosta daquele filme que mostra o Gregório Duvivier andando pela PUC, jogando um interminável papinho numa fulana, achando que é o Woody Allen, bem, provavelmente você é petista, maconheiro e, sobretudo, um tremendo de um idiota.
FAUSTÃO RECEBE TRANSPLANTE DE CUZÃO DOADO POR CLODOVIL Fausto Silva deveria ter continuado a apresentar programas precários e receber como pagamento uns rangos legais pra ele e pra equipe fornecidos por aquelas cantinas cafonas da Rua 13 de maio. (v. “Devo quatro condomínios, mas minha glicemia está em 340”.) Seu maior erro existencial foi ter ido pra Globo.
HOW TO Fico imaginando o seguinte: um cara cisma porque cisma que quer pegar uma doença venérea, sei lá por que, pra ver como é que é, algo assim. Como é que ele faria? Sair com uma mulher de programa e pagar quatro vezes o valor pra ela fazer sem camisinha? Ainda assim, não haveria garantia alguma de que ele iria pegar alguma coisa.
O SUJEITO COM MAIS APELIDOS QUE JÁ CONHECI Um sujeito chamado Salvatore, que também era chamado de Salviano (v. “Salve, salve, salviano.”), de Salviclei, de Porky Pig, de Porcão Melecão e de Usina Portátil.
O HOMEM DO SAPATO BRANCO Num quadro de O homem do sapato branco que foi ao ar em 1981 uma mulher oferecia uma recompensa em dinheiro para quem a ajudasse a encontrar um papagaio chamado Oscar, que havia fugido do apartamento dela, na Rua Silvia, Bela Vista, São Paulo. A mulher era secretária do empresário Marcos Lázaro e parecia realmente estar desconsolada com o desaparecimento do papagaio. Gostaria de saber se essa história teve um desfecho feliz.
14/08/2025